Acho que todos temos um cantinho coitadinho dentro de casa. Pode ser no quartinho de empregada que é usado como quarto de bagunça. Pode ser na garagem fechada que o morador transforma em depósito de coisas usadas e descartadas mas que não tem coragem de doar ou mandar embora.
Quando me casei, há 21 anos, fomos morar num apartamento muito bom, de frente, com varanda num dos quartos, piso frio (na época era fundamental), super arejado e muito iluminado naturalmente. Moramos nesse imóvel por quase 14 anos. Fomos muito felizes ali, minha filha nasceu lá e amava seu quarto enorme com varanda. Mas, a garagem era “brigativa”, quem chegasse primeiro, guardava o carro. Algumas vezes tínhamos que descer a qualquer hora (mesmo de madrugada) para tirar o nosso porque o vizinho queria sair e estava impedido.
Em 2003, pensando em ter mais um filho, resolvemos nos mudar para perto do meu trabalho, que era onde minha filha estudava e acreditamos que ficaria tudo mais fácil dessa forma. Abrimos o mapa da lista telefônica com o endereço da escola onde trabalhava, pegamos um compasso e traçamos um perímetro ao redor que exigisse uma caminhada de no máximo 10 minutos. Pensamos que deveria ter mais um quarto para o bebê que poderia vir e poderia ser menino. E meu marido queria realizar o sonho de ter uma garagem fechada. Visitei mais de vinte imóveis até encontrar esse onde moro. Foi um achado, não estava anunciado, tinha só um cartaz feito a mão com esferográfica num papelão, preso num dos portões. Estava para ser vendido havia dez meses e não tinham conseguido. Me apaixonei, fiz logo a proposta e negociamos, mas tinha inquilino. Gente, eu namorava o meu apartamento à distância. Passava todos os dias na rua da frente e no fundo (porque tinha um terreno vazio). Vibrei no dia que percebi que estava vazio. Eu fiquei satisfeita com a sala maior, a cozinha não conjugada com a área de serviço, um quarto a mais, a localização (a três quadras e meia da praia), dois banheiros, etc. Meu marido concretizou o sonho de ter uma garagem fechada onde pudesse guardar o carro e também organizar suas ferramentas e seu material de consertos (ele gosta disso). Minha filha foi a única que no início não ficou satisfeita, porque seu quarto aqui é menor que o outro que tinha. Estranhou um pouco seu espaço menor, mas, como com coisa boa a gente se acostuma rápido, isso logo passou. Escolhemos um apartamento de fundos porque o outro era de frente e o barulho da rua incomodava um pouco. Não posso deixar de citar que não tivemos outro filho, apesar de termos tentado. Papai do Céu não quis dar.
A garagem foi organizada pelo meu marido com caixas organizadoras compradas no Extra: uma com a furadeira, outra com material elétrico, uma com sucata, outra com parafusos, uma com pregos, etc... Já possuía prateleiras no alto, o que facilitou a acomodação das caixas. Tem uma prateleira que ele fez com a estrutura de um falecido colchão magnético da minha irmã Denise, pintou de branco, e colocou latinhas de tinta, tubos de óleo, etc. Tudo organizadinho por ele (já citei no blog que casei com a organização em pessoa). Só tenho essa foto da garagem, quando tirar mais, mostro aqui.
Estante - reaproveitamento de estrutura de colchão magnético. |
Mas, voltando ao assunto do título, tenho um cantinho coitadinho que fica numa parede e tem uma estante que foi montada por mim e meu marido (fizemos o projeto, compramos a madeira e pintamos com verniz mogno) lá no outro apartamento. Quando mudamos para cá, desmontamos, trouxemos e remontamos. Com o tempo, algumas prateleiras começaram a envergar e teremos que trocar. Também enjoei da cor, queria transformá-la em branca, mas decidi pintá-la de preto. Como essa pintura e troca das prateleiras não aconteceu ainda, resolvi organizar os livros para dar uma aparência melhor. Na verdade, considero que alguns já poderiam ir para um sebo ou para a reciclagem. E não é que quando organizei, melhorou? Comprei uns revisteiros na Kalunga e coloquei as revistas de Informática que estavam só apoiadas umas nas outras. As caixas de produtos eletrônicos que estão na garantia, que ficavam no alto sobre alguns livros, organizei atrás dos revisteiros. Quando a estante estiver repaginada, postarei uma foto dela inteirinha. Mas agora, veja o que consegui fazer.
Detalhes da bagunça na estante. |
Livros organizados. |
Revistas antes. |
Revistas depois. |
Às vezes, uma pequena organizadinha já faz uma grande diferença no visual.
Uma ótima quinta-feira pra vocês. Beijos.
Quel
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