Já tinha ouvido falar do filme, já tinha lido a
respeito e sabia que estava em cartaz a bastante tempo. Não tinha dado tempo,
mas finalmente consegui assistir A Cabana. Estava realmente interessada, porque
adquirimos o livro há anos e embora eu não tenha lido, sabia que a história era boa.
Sobre o autor:
William P. Young nasceu em Alberta, no Canadá em 11
de maio de 1955, mas passou grande parte de sua infância em Papua, Nova Guiné,
junto com seus pais missionários, em uma comunidade tribal. Pagou seus estudos
religiosos trabalhando como DJ, salva-vidas e em diversos outros empregos
temporários. Formou-se em Religião em Oregon, nos Estados Unidos.
Sinopse:
Um homem vive atormentado após
perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de
que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas
montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para
retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.
De acordo com o autor, o livro, que é uma ficção,
não foi escrito para ser publicado:
- Minha mulher me pediu para escrever uma história
como um presente. E escrevi para dar de presente de Natal aos nossos
filhos. Não tive dinheiro para imprimir o manuscrito no Natal de 2005. Mas
consegui depois do Natal fazer 15 cópias de "A cabana" para entregar
à família e amigos próximos. Era este o único objetivo.
Ele afirma ainda, que muito da história tem a ver
com sua própria experiência de vida e que escreveu o livro numa ocasião em que
"ele próprio precisava de consolo".
O livro foi lançado no ano de 2007 e a tradução
para o português foi feita somente em 2008, sendo distribuído pela Editora
Sextante. Conquistou
leitores de todos os gêneros devido a sua mensagem de amor, ódio, perdão e dor. Virou
um best-seller, sendo vendidas mais
de 18 milhões de cópias no mundo

O filme, lançado em 3 de março de 2017, foi feito baseado nessa obra literária. Mostra na tela uma linguagem lúdica e não literal. O objetivo é desconstruir a imagem do Deus distante e mostrar um Deus que se relaciona conosco.
Na história Deus se revela ao personagem que está envolvido num drama de
vida particular e muito tenso. Se revela ao personagem da mesma forma que Ele
se revela a nós. Considerando nossa subjetividade e o nosso próprio drama
pessoal de vida. Serve de reflexão sobre relacionamento, sobre a
natureza de Deus, sobre amor e perdão. Muito
mais importante que seguirmos uma religião, é termos fé e confiança em Deus e
seus desígnios. De nada adianta sermos excessivamente devotos a uma religião,
se não o fazemos de coração.
Leia abaixo as 12 frases para refletir,
pinçadas do filme:
1. A vida exige um pouquinho de tempo e muito de relacionamento.
2. Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar
sua capacidade de voar.
3. Não é da natureza do amor forçar um relacionamento, mas é da
natureza do amor abrir um caminho.
4. A confiança é fruto de um relacionamento em que você sabe que é
amado.
5. Todas as vezes que você perdoa, o universo muda. Cada vez que
você estende a mão e toca um coração ou uma vida, o mundo se transforma.
6. O amor sempre deixa uma marca significativa.
7. Jamais desconsidere a
maravilha das suas lágrimas. Elas podem ser águas curativas e uma fonte de
alegria. Algumas vezes são as melhores palavras que o coração pode falar.
8. O perdão existe em primeiro
lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que
vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente.
9. Perdoar não significa
esquecer.
10. Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência. Tem a ver
com relacionamentos de amor e respeito.
11. Bom, às vezes a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para
agradecer.
12. Ainda acho que precisamos conhecer o inverno para compreender o
verão, assim como é necessário passar por momentos de tristeza profunda para
conseguir identificar e valorizar a felicidade quando ela chegar.
No início, considerei o filme meio triste por causa do sofrimento que o
personagem principal viveu na infância. Apesar do tratamento ruim que recebeu do pai e do erro que cometeu, ele se tornou um bom pai. Amava seus filhos e cuidava deles muito bem com a ajuda de sua esposa. Mas depois, com a perda de sua filhinha, a tristeza tomou conta de seu coração. Às
vezes, é muito fácil tentar culpar a Deus por aquilo que nos acontece de ruim.
Mas com o andamento da história, somos levados à uma reflexão sobre as escolhas
que podemos fazer para sermos felizes. Perdoar o que nos fizeram de ruim, é uma
dessas escolhas. Ficamos livres!