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Na
minha adolescência, fui uma devoradora de livros. Aliás, comecei a gostar de leitura ainda na minha infância.Tenho algumas primas um pouco mais velhas, que sempre tinham
revistas em casa e, quando as visitava, lia as fotonovelas. Mas lia escondido da
minha mãe, porque ela achava aquilo impróprio para mim.
O
título do primeiro livro que li inteiro (não conto com os didáticos) foi “A
Irmã do Simplício”, da Condessa de Ségur. Na casa da minha avó tinha esse livro
e li por várias vezes ao visitá-la.
Estudei
em escola Municipal e uma vez por semana recebíamos um ônibus biblioteca na
porta da escola. Eu e meu irmão mais velho estávamos sempre lá na fila para
pegar livros emprestados que seriam devolvidos uma semana depois. Aproveitei por
alguns anos esse programa. Desde pequena, eu amava "viajar" nas histórias que lia.
Na
adolescência, já trabalhando, me associei ao Círculo do Livro que teve
uma história bem interessante no mercado editorial. Era uma editora
brasileira
estabelecida em março de 1973 através de um acordo firmado entre o Grupo Abril
e a editora alemã
Bertelsmann.
Vendia livros por um "sistema de clube", onde a pessoa era indicada
por algum sócio e, a partir disso, recebia uma revista
quinzenal com dezenas de títulos a serem escolhidos. Com a lista do acervo
disponibilizada, o sócio teria então a obrigação de comprar um livro por mês.
Os sócios eram atendidos em domicílio por uma rede de vendedores e recebíamos
os livros pelos Correios. Os preços eram bem abaixo dos valores de mercado na
época e os livros eram muito bem editados. Me sinto satisfeita por ter feito
parte desse período, dito como “a época de ouro da literatura romanceada”,
porque a maioria dos livros eram romances.
Chegou
a 250 mil sócios em 1975, 500 mil em 1978 e 800 mil em 1983, presente em 2.850
municípios que eram atendidos por uma rede de 2.600 vendedores. Em 1982 foram vendidos
5 milhões de exemplares de livros, segundo Laurence Hallewell, em O Livro no
Brasil: Sua História. O maior sucesso do Círculo foi o livro As Melhores
Receitas de Cláudia, com 200 mil exemplares vendidos entre 1975 e 1990.
Eu
amava receber meus livros e sentir o cheirinho de livro novo era encantador. "Devorava" cada um deles.
Mas
a editora Círculo do Livro encerrou as atividades no ano de 1983 e nós ficamos
sem uma explicação do por quê disso ter acontecido.
Ainda
possuo três exemplares de livros daquela época: Deuses, Túmulos e Sábios, A
Bomba de Hiroshima e Dom Quixote.
Como
nunca fui egoísta, doei alguns e emprestei outros que nunca foram devolvidos.
Aliás, perdi muitos livros emprestados. Não mantive controle sobre isso e se
foram.
“O Círculo do Livro chegou para quebrar o
paradigma de que apenas pessoas de posse tinham acesso à literatura. Foi graças
a esse projeto que muitos ávidos leitores, de camadas sociais mais humildes,
deixaram de se sujeitar aos prazos apertados de empréstimos de livros das
bibliotecas, podendo, assim, concretizar o sonho de montar o seu próprio acervo
cultural.” – texto extraído do Blog Livros e Opinião.
Ao
iniciar a faculdade, me faltou tempo para a leitura e passei a dar menos
atenção aos livros. Lia romances de banca de jornal que eram menores e mais
baratos. A grana ficou mais curta porque eu mesma pagava as mensalidades. Lia
também muitas apostilas com conteúdo de estudo.
Com
o passar do tempo diminui minha leitura de romances e ingressei em leituras
técnicas em função do meu trabalho. Como professora de informática, tinha que
ler manuais de programas e livros pedagógicos que eram discutidos em reuniões
de professores.
Desde
então, não li mais nenhum livro de romance da forma como lia antes, quando
pegava livros enormes para ler. Leio pedaços de livros, faço consultas,
pesquiso.
No entanto, continuo amando a leitura. Quando a gente lê bastante, fala bem, escreve bem e isso é um ganho enorme. Já passei em concursos por causa de boas redações.
No entanto, continuo amando a leitura. Quando a gente lê bastante, fala bem, escreve bem e isso é um ganho enorme. Já passei em concursos por causa de boas redações.
Ultimamente acabei ingressando na era do Kindle, porque fica mais fácil levar
para qualquer lugar, dentro da bolsa. Além disso, é muito fácil adquirir os
livros, tanto nos formatos do próprio Kindle ou nos formatos de pdf. Ao
comprar, basta pagar e baixar. Ao encontrar
o livro grátis em pdf na internet, é só baixar.
O
Kindle não é um aparelho absurdamente caro e facilita muito. Abaixo, postei um
vídeo que fala sobre o uso dele.
E
você, é um amante da leitura? Já leu muitos livros? Possui um Kindle ou ainda gosta do cheirinho dos livros?
“Meus filhos terão
computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos
filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.” – Bill Gates
Olá
ResponderExcluirEu sou uma devoradora de livros. Aprendi a ler muito cedo, com o incentivo de meu pai. Nunca tive muitos livros em casa, pelo valor alto que eles ainda possuem, infelizmente, aqui no Brasil, mas sempre frequentava a biblioteca da escola e, quando fiz uns 14 anos, comecei a pedir livros de presentes em datas especiais. Lembro que o primeiro livro que li, que não fosse HQ foi Um céu azul para Clementina. Adoro a história. Queria encontrar o livro pra comprar pra poder ler pro meu filho. Aliás, ele já tem uma coleção de dar inveja.
Vidas em Preto e Branco