No ano
de 2005, havia assumido muitos compromissos de trabalho e tinha todas as tardes
tomadas, cursei uma pós-graduação, continuando com todos os meus afazeres de
dona-de-casa, mãe e esposa, além de estar no cargo de síndica do prédio em que
moramos. E quem já fez um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), sabe que é um
desafio que pode nos consumir. Resumindo: uma semana antes da entrega do TCC,
fui parar no Pronto Socorro com uma dor no peito (atrás do osso esterno). O
médico disse que poderia ser stress.
No ano
seguinte, ao fazer alguns exames de saúde, descobri que estava com uma arritmia
cardíaca e com hipotireoidismo. Entendi porque vivia cansada e com sono. Tudo
em consequência de ter “corrido demais” no ano anterior.
Meses
depois, a arritmia sumiu, mas continuo acompanhando minha saúde cardíaca de
seis em seis meses com o cardiologista. Faço o teste ergométrico uma vez por
ano, o eletrocardiograma semestralmente e de vez em quando um ecocardiograma.
Mas,
quanto ao hipotireoidismo, passei a fazer o tratamento diariamente (reposição
do hormônio da tireóide). Fiquei brava com o médico que me disse que teria que
tomar medicamentos o resto da vida, mas entendi ser necessário. Tomo desde
então, Puran T4 - 75mcg, diariamente, uma hora antes do café da manhã.
Nessa
época, resolvi então diminuir o meu ritmo, adotei o slow life (definição no final do post).
Ao
diminuir o meu ritmo, voltei a fazer coisas que amo e que não fazia há muito,
muito tempo, como artesanato e costura. Fui então procurar ideias fáceis e
interessantes de fazer algo como hobby ou terapia, como queiram entender.
Descobri a decoupagem e me apaixonei. Meus primeiros trabalhos foram feitos em
latinhas de molho de tomate. Na época, tinha várias guardadas, porque tinha
pena de jogá-las fora. Acho que já pulsava em mim um desejo de colaborar com a
preservação da natureza, mas não tinha consciência disso. Então, como prometi
no post Porta
controle remoto carioca, coloco aqui as fotos das latinhas que
enfeitei. E o detalhe é que minha filha fez algumas comigo também e isso foi
muito legal.
Guardanapo de bombons |
Com craquelê |
Estas duas foram enfeitadas pela minha filha |
Slow Life
“Desacelerar
para se reconectar a si mesmo, às pessoas e ao lugar em que se vive. Talvez não
exista nada mais contracultural hoje em dia do que desacelerar o passo. Sim,
porque vivemos na era da velocidade, em que consumir a última geração de
eletrônicos, a mais recente moda e a mais nova dieta para emagrecer é uma luta
diária sem fim – e sem sentido.
Tudo
parece mudar em segundos. O tempo escapa dos nossos dedos e deixa a respiração
curta, ofegante. Isso lá é vida boa? Isso lá é “avanço”?
Quanto,
de fato, essas invenções do tipo mais-do-mesmo melhoraram nossas vidas? Temos
mais tempo livre hoje? E o que fazemos com ele? Vamos às compras? Frequentamos
cursos de reciclagem para não perder o emprego?
Será que realmente a felicidade mora na velocidade? Que tal desacelerar? Experimente! Não digo que é fácil. Tento um pouco a cada dia e, confesso, muitas vezes sou engolida pelos compromissos, pelo trânsito infernal, pelo celular, pelo almoço rápido, pela vontade de dar um up grade no computador. Afinal, somos bombardeados 24 horas por dia por mensagens que pedem: compre, consuma, jogue fora, troque, atualize-se.
Será que realmente a felicidade mora na velocidade? Que tal desacelerar? Experimente! Não digo que é fácil. Tento um pouco a cada dia e, confesso, muitas vezes sou engolida pelos compromissos, pelo trânsito infernal, pelo celular, pelo almoço rápido, pela vontade de dar um up grade no computador. Afinal, somos bombardeados 24 horas por dia por mensagens que pedem: compre, consuma, jogue fora, troque, atualize-se.
Talvez
a melhor estratégia, no entanto, não seja combater o que está à nossa volta,
como um militante deste ou daquele movimento. Lembro-me do que dizia meu
professor de kung fu sobre caminhar feito água de rio, desviando-se suavemente
das pedras para seguir seu próprio curso. Sem violência, entende?
Se você, assim como eu, está buscando desacelerar o passo para viver mais e melhor, aproveite a experiência de quem já está nesse caminho há mais tempo. Procure ler, pesquisar na internet, conversar com os amigos. Há muito para se estudar e, quem sabe, incorporar em nossas vidas. Mas, lembre-se: devagar, sem pressa, sem ansiedade. Um passo de cada vez. Devagar e sempre.”
Se você, assim como eu, está buscando desacelerar o passo para viver mais e melhor, aproveite a experiência de quem já está nesse caminho há mais tempo. Procure ler, pesquisar na internet, conversar com os amigos. Há muito para se estudar e, quem sabe, incorporar em nossas vidas. Mas, lembre-se: devagar, sem pressa, sem ansiedade. Um passo de cada vez. Devagar e sempre.”
Descobri
que é muito importante ter qualidade de vida, ter mais tempo para as pessoas
que amamos e respeitar os nossos limites.
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