Despedidas deixam saudades e lembranças. Muitas vezes traz consigo uma certa tristeza, uma certa angústia. Algumas vezes traz saudades do que se foi. Mas as boas lembranças podem nos consolar.
Normalmente
nos despedimos de pessoas por causa de separações. Não estou pensando em
casamento, mas em pessoas que se vão. Vão para outra cidade, outro pais ou vão
para longe de qualquer outra forma, saindo de nossas vidas.
Há
pessoas que algumas vezes, apesar de continuarem perto fisicamente, vão para
longe dos pensamentos, dos sentimentos. Outros se vão porque morrem, e deixam
saudades.
Algumas
despedidas emocionam. Um exemplo é quando alguém vai viajar e a gente sabe
que aquela é uma oportunidade única. Torcemos para que tudo dê certo e que ela
aproveite bem.
Outro
exemplo, é quando saímos de casa para estudar e morar fora ou quando nos
casamos e nos despedimos de nossos pais. Iniciamos uma nova jornada e o cordão
umbilical deve ser cortado. São situações que emocionam.
Quando nos desligamos de uma empresa ou somos desligados, também há uma despedida. Despedida da rotina que tínhamos por um bom tempo, despedida dos colegas, despedida até de alguns planos que precisam ser deixados de lado. Podemos passar por um período de luto e depois só ficam as lembranças, boas ou ruins.
Algumas
despedidas são espontâneas, outras são forçadas e podem trazer um vazio na vida
e no coração.
E
as coisas? Os brinquedos na infância são um exemplo de coisas que se vão. Quem
não lembra do Andy, no filme de animação Toy Story 3, quando teve que se
desfazer de seus brinquedos? Teve dificuldades de se despedir de alguns, tanto que resolve levar o Woody para a faculdade com ele.
Da minha infância, só fiquei com lembranças, nada palpável. Mas, minha filha, que já está com 20 anos, não quer se despedir de alguns brinquedos. Um exemplo, são suas primeiras panelinhas que ganhou de um tio. Outra coisa que guarda com carinho, é seu primeiro cobertor (da Minnie), que é mesmo muito foto.
Eu,
como mãe, resisto em me despedir e guardo algumas coisas que foram dela, como
todos os seus dentes de leite. Guardo ainda alguns desenhos que fez quando
pequena. Guardo também o Diário da Mamãe, quando fazia minhas anotações sobre a
gestação e o Álbum do Bebê no qual registrei seus primeiros anos de vida.
Meu marido tem dificuldades em se despedir de seus livros. Temos muitos em casa. Possui o livro de Francês que utilizou no Ensino Fundamental em 1977 mais ou menos. Lembra sua adolescência.
Na verdade, no quesito coisas, o termo correto seria desapego, mas pode haver também esse sentimento de estar se despedindo de algo considerado importante. Uma ideia legal, é fotografar aquilo que você gosta, mas vai desapegar. É difícil nos despedirmos de coisas que nos trazem boas lembranças.
Fotos
também nos permitem relembrar de momentos, de pessoas das quais nos despedimos
e de coisas. De uns anos para cá, isso ficou mais fácil por causa da quantidade
de fotos digitais tiradas com câmeras ou aparelhos celulares.
Atualmente,
as redes sociais nos permitem ter contato com pessoas que se foram ao longo da
vida. É possível interagir e relembrar fatos compartilhados anos atrás. Nos
permitem também, relembrar os brinquedos e brincadeiras que fizeram parte da
nossa geração.
Eu
sou muito ligada em jingles desde criança e encontro alguns no
ciberespaço. Lembro de vários, como o do Café Seleto, das Balas Juquinha, das
Casas Pernambucanas, do Guaraná Antárctica, do Iogurte Vigor, etc. Quando penso
nisso, vem um certo sentimento de nostalgia. Enquanto escrevo esse texto, ouço os jingles no
Youtube.
A cada
chamado da vida, o coração deve estar pronto para a despedida e para novo
começo, com ânimo e sem lamúrias. Aberto sempre para novos compromissos. Dentro
de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver. Hermann Hesse
Lembro de parte da música dos Paralamas do Sucesso que diz "Não estou a seu lado, mas posso sonhar... aonde quer que eu vá, levo você no olhar".
Sou grata por poder levar minhas lembranças no olhar, no pensamento e no coração.
Achei lindo o seu texto,levo muitas lembranças comigo,mas pouquíssimas palpáveis,tenho apenas um cachorrinho de pelúcia que tenho desde 2005,o resto são só lembranças mesmo.
ResponderExcluirBeijos ^.^
littlewonderscrm.blogspot.com.br/
Verdade é bem difícil se desapegar das coisas e deixar as coisas apenas por lembranças, eu tinha um urso de pelúcia que dormia todos os dias com ele, mas o bichinho foi ficando cada dia mais desgastado e tive que desapegar dele, as coisas acontecem assim mesmo, é difícil mesmo. Enfim, ótimo post <3
ResponderExcluirEu não tenho nenhum brinquedo guardado,mas tenho muitas lembranças na minha memoria que me fazem sentir essa nostalgia que vc sentiu.
ResponderExcluirSinto saudades das brincadeiras de criança,das minhas bonecas.Até hoje reconheço o cheiro de uma boneca nova.
Bjo.
Que bom quando podemos carregar em nossa memória coisas lindas, gestos legais e pessoas ... Muito bom! bjs, chica
ResponderExcluirAmei esse texto! Embora não goste muito de despedidas. Lembro quando fui fazer intercâmbio e me despedi da minha família no aeroporto. Todo mundo me perguntou como foi, se minha mãe chorou, se eu chorei,... Acho que talvez porque seja uma atitude normal quando alguém sai de casa para ficar muito tempo fora. Mas não caiu nenhuma lágrima, de ninguém. Não sou dada a esse tipo de sentimentalismos, me sinto desconfortável, então só dei um abraço rápido em cada um e me encaminhei em direção ao avião, antes que meus sentimentos tivessem a chance de vir à tona. Mas a verdade é que acho que mesmo que se tivesse demorado mais, não sei se alguém choraria. Tenho a necessidade parecer forte, algo que puxei da minha mãe. Mas embora não pareça, sou uma pessoa muito apegada. Ainda tenho quase todos os ursinhos da minha infância e durante anos guardei o bilhete da primeira vez que fui ao cinema do meu namorado (coisa de canceriana haha). Mas às vezes deixar ir faz um bem danado e nos reserva experiências incríveis.
ResponderExcluirSeu post foi muito interessante. Somos nós que acendemos em nós as lembranças.Tem sabores da infância jamais esquecidos por mim: a comidinha gostosa da minha mãe. A chaves de todas as nossas lembranças estão em nossas mãos e temos o poder de revisitá-las e ser ao menos no voar do pensamento ser de novo feliz. O tempo passa mas permanece dentro de nós!
ResponderExcluirhttp://www.informativogirassol.blog.br/2017/04/motivo-de-alegria-e-agradecimento-pelos.html#links
Olá Quel!
ResponderExcluirRealmente é muito ruim. Toda separação é dolorosa. Seja de uma pessoa ou de um objeto que fez parte da nossa vida.
As vezes vejo as pessoas indo, dá uma tristeza infinita. Nem mesmo a certeza da vida apos a morte consola.
Tenho guarda roupas lotados de roupas sapatos e objetos que marcaram momentos. E como é dificil se desfazer. Embora saiba que é preciso.
Enfim, é assim porque somos sensiveis, graças a Deus.
Abraços
Quel:
ResponderExcluirLembranças vão e vem são ciclos. E que ficamos com as melhores para lembrar com carinho e as não tão boas que sirvam de aprendizados.
Reflexão linda.
uma semana ótima.
beijocas
OI Quel, lindo o seu post sobre despedidas e desapego.
ResponderExcluirMuito bom saber se despedir, sentir a saudade do coração e manter as lembranças.
Ah, eu também tenho dificuldade de me desapegar dos meus livros.
Também estou na BC com o post Sossego
Uma ótima semana cheia de gratidão,
Chris
Boa tarde, querida Quel!
ResponderExcluirLevar lembraças no olhar e no coração é consolador pois não só passamos pela vida... mas vivemos com intensidade.
Bjm muito fraterno
Menina, que post lindo!!!! Amei sua mensagem. Me identifiquei muito, pois amo lembranças e guardo muitas desde minha infância.
ResponderExcluirBeijos
Que post lindo e mto verdadeiro.
ResponderExcluirSão tantas despedidas ao longo da vida.
Eu sou de guardar mtas coisinhas do passado, mas procuro fazer com organização em cxs de presente.
Bjs