A escolha profissional nem
sempre é fácil. São muitas opções que se colocam diante
de nós. Eu por exemplo, fiz como graduação Educação Física, mas nunca exerci essa
profissão além do estágio. Meu trabalho mais efetivo foi como professora de Informática. Mas
essa graduação me abriu portas de trabalho em uma grande empresa e depois nas
escolas (mesmo sendo outro conteúdo), por ter Licenciatura.
É importante estudar, mas decidir
sobre uma escolha profissional aos 17 ou 18 anos é algo muito difícil. Conheço
pessoas que gastaram dinheiro e tempo, para depois de meses ou até anos, desistirem.
Para que a pressa? Considero
ter que fazer essa escolha tão cedo, muito cruel. Um adolescente, na maioria
das vezes ainda não tem maturidade para saber realmente o que quer ser/fazer na
vida.
Sempre
deixei claro para minha filha, que não era necessário ter pressa nessa escolha.
Dizia a ela que tudo o que não queríamos era que começasse e desistisse, trazendo prejuízos. Em princípio,
ela não sabia o que escolheria como carreira profissional. Mas, foram na
verdade, muitas escolhas.
A saga de uma escolha profissional
Quando
pequena, desejou ser médica pediatra e depois desejou ser psiquiatra. Quando
tinha uns 10 a 12 anos, conheceu o Photoshop e Photoscape e fazia montagens de
bandas como McFly de quem era fã. Então, quando estava no 1º ano do Ensino
Médio desejou fazer Publicidade e Propaganda. No entanto, alguém a desestimulou
dizendo que ela era muito tímida e que não daria certo. Internalizou aquela
crítica e decidiu não querer mais.
Fez
testes vocacionais que apontavam para muitas opções, mas nada era a cara dela.
Apontaram para jornalismo e até para que fosse médica cirurgiã. Como na época
ela estava vidrada em Greys Anatomy, achou que seria essa a melhor escolha. Pensou
também em arquitetura. Saiu do Ensino Médio desejando fazer cinema (nessa escolha, me apavorei! risos), mas quando
fez intercâmbio voltou-se novamente para a área de Publicidade e Propaganda.
Entrou
no Cursinho Pré-Vestibular convicta desta última opção. Mas, ao entrar em contato com questões de
críticas sociais, sua visão abriu e desejou não contribuir para o consumo
desenfreado de coisas pelas pessoas. Pensou então em Ciências Sociais.
Nessa
época, em 2015, a questão da alteração ou não da maioridade penal, estava em
alta. Nesse período, um colega de cursinho foi assassinado num assalto. Os
comentários pesados nas Redes Sociais de que os menores deveriam ser mortos, a
fizeram perceber a carência de ajuda. Lembrou-se de que numa discussão em grupo,
esse colega havia exposto sua opinião de que não era a favor disso e ela
concordava. Começou a pensar no que poderia fazer para ajudar menores de idade
antes que entrassem para o mundo do crime. Escolheu então Psicologia, visando a
Psicologia Social. Decidiu aos 47 minutos do 2º tempo. Já tinha feito
inscrições para Publicidade em alguns vestibulares, mas trocou por essa nova
escolha que agora era a definitiva.
Tirou
uma nota razoável no ENEM e escolheu como 1ª opção, a UEL (Universidade
Estadual de Londrina). Passou somente na 3ª chamada (presencial). Eram 5 vagas
e ela pegou a última. O curso é de período integral e tem a duração de 5 anos.
Escolha da moradia em Londrina
No
mesmo dia que estava em Londrina, conheceu duas garotas que queriam dividir um apartamento. Cada uma
teria um quarto para si e dividiriam as despesas. Aceitamos a proposta,
porque além do imóvel ser bom, a localização era boa também e vimos condições
de arcar com essa escolha. Quinze dias depois ela já estava morando lá.
Foi
tudo muito estranho, porque num dia eu tinha minha filha em casa e alguns dias
depois já não tinha mais. Sempre fomos muito unidas e confesso que foi muito
difícil vê-la partir. Até bateu uma certa tristeza por não poder abraçá-la todos os dias. Ela também chorou durante um bom tempo. Disse recentemente que já não chora mais. Já estivemos em sua casa algumas vezes para ficar um
pouco com ela.
No
início de abril, fez um ano que ela foi morar em Londrina e recentemente veio passar
o mês de férias conosco. O 1º ano dela terminou em março e as férias só aconteceram
a pouco, por causa de greve na universidade. Agora já deixou de ser "bicho" porque vai cursar o 2º ano.
No ano passado, já participou de um campeonato de handebol e pretende entrar no time de voleibol a partir desse ano. Uma coisa boa, é que ela já faz parte da Atlética de Psico e está envolvida no setor de comunicação. Já ajudou a fazer artes para camiseta, abadá e capa para a Fan Page. Ela gosta muito desse trabalho e acho mesmo que tem jeito para publicidade também. Na verdade, ela nasceu e cresceu em meio aos nossos computadores, então é normal que tenha desenvoltura em artes gráficas. Trabalhamos com isso durante um bom tempo em casa anos atrás. Hoje até já usa o meu queridinho Corel Draw (amo de paixão). Para quem sempre preferiu o Photoshop, é uma mudança e tanto.
Sou grata pelo
período de férias em que minha filha passou conosco recentemente. Passeamos,
assistimos Netflix, fomos à praia, ao cinema, fizemos compras juntas, etc. Foi
muito bom para matar um pouco as saudades.
O quarto
Abaixo,
foto do quarto dela com o armário vermelho e a escada estante que compramos na
Leroy Merlin no período de carnaval. Citei em Descanso
e passeios em Londrina.
Voltou essa semana para sua casa porque as aulas já reiniciarão na segunda-feira, dia 17. Nosso almoço de Páscoa teve que ser antecipado.
Quando cito "sua casa", é porque ela mora lá para estudar, mas a casa dela sempre será aqui. Tudo permanece como antes.
Quando cito "sua casa", é porque ela mora lá para estudar, mas a casa dela sempre será aqui. Tudo permanece como antes.
Agora é só aguardar uma oportunidade para irmos vê-la novamente.
Meu conselho para você que está em dúvida quanto à escolha da profissão? Não se apresse! Não escolha por escolher. Se necessário, espere um pouco mais e decida com firmeza.
Este post participa da Blogagem Coletiva Semanal #52semanasdegratidão de Elaine Gaspareto, cujo objetivo é valorizar e compartilhar nossas pequenas e grandes alegrias... nossas vivências e aprendizados.
Quel, realmente decidir tão cedo é fogo! E que bom tua filha está se encontrando e gostando. Sei bem como é ter filhos longe..Ficamos sempre felizes na hora deles nos visitar! O meu mora muiiiiito longe: Dubai!!
ResponderExcluirLindas fotos e post! bjs, chica, tudo de bom!
Quel:
ResponderExcluirDeve ter sido uma delícia estar com a filhota, uma vez que vocês tem uma relação afetiva próxima.
Beijocas
Boa noite querida Quel!
ResponderExcluirTenho meus 3 filhos longe e dois em outro estado... a gente sofre muito mas Deus cuida de nós.
Bjm fraternal